Implantação de SPDA Para-Raios
Muitas pessoas não conhecem a importância da instalação de um SPDA, mais conhecido como para-raios. Ao contrário do que pensamos, nem todos os empreendimentos estão devidamente equipados com um recurso de proteção de para-raios.
A SPDA é a sigla que quer dizer “Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas” e normalmente é classificada como um conjunto de ferramentas importantes não somente para grandes edifícios, mas também para toda e qualquer tipo de empreendimento de construção. É o SPDA que garante que um raio caia diretamente no solo eliminando, assim, qualquer risco de ocorrer prejuízos e acidentes gerais.
É difícil controlar a queda de um raio. Em um determinado lugar, a energia tende a acumular para atingir um limite, impedindo que o ar fique preso. Dessa forma, acontece um fenômeno chamado líder descendente, que é quando o raio desce rumo ao solo, dando sequência ao segundo fenômeno chamado líder ascendente, que é quando o raio sai do solo em direção ao primeiro fenômeno. Os dois fenômenos se intensificam numa altura de até 100 metros, e os dois juntos “decidem” o local do solo que irão atingir.
Normalmente, chamamos de centro de esfera quando os dois fenômenos atingem um solo, e isso serve de base para o desenvolvimento do modelo eletro geométrico, mais parecido como um esfera rolante. Quanto mais alto e maior a área de exposição, maior também a probabilidade desses dois fenômenos atingirem o solo. Porém, isso acontecendo, não há como impedir.
Mesmo que exista um melhor sistema de proteção de instalação, ele nunca será capaz de garantir 100% de sua eficiência, pois se trata de uma reação da natureza, os quais são totalmente imprevisíveis. Por isso, os sistemas de proteção de pára-raios têm prioridade de proteger as pessoas em primeiro lugar. Se houver uma boa instalação, os todos os riscos serão minimizados pelo sistema, mas para isso é necessário uma proteção adequada com instalação de supressores de surtos por exemplo, (mais conhecidos como protetores elétricos) ou uma equalização (ou uma interligação) nas malhas expostas no aterramento.
Sabemos que um raio é um fenômeno físico-elétrico (de acordo com Benjamin Franklin), por isso existe a necessidade de instalação de pára-raios em edificações maiores e complexas, quanto maior o empreendimento maior a necessidade de um sistema de SPDA de para-raios.
Conforme a norma da ABNT que relata sobre para-raios que entrou em vigor no ano de 1993, o único método aceitado era o de Benjamin Franklin, relatado com um ângulo de 60º. Com a chegada da nova atualização da norma, a NBR 5419/93, foi possível adotar como ponto de referência a norma da International Electrical Comission (IEC) com a intenção de aumentar os sistemas de proteção usados na América do Sul, mais especificamente no Brasil.
Uma das novidades mais atraentes na atualização dessa norma é que com ela veio a proibição de qualquer procedimento externo que altere os sistemas de SPDA, com a intenção de ganhar recursos extras de pessoas não habilitadas. Por esse motivo, só é confiável os métodos utilizados e revistos pela NBR 5419/93, pois ela só ela dispõe de certificações corretas, além de documentação aceita pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor).
Hoje em dia as leis municipais exigem uma certa obrigatoriedade da instalação de um SPDA, pois são leis previstas pela NBR 5419/93 também. Porém, é necessário lembrar que para a instalação é preciso uma avaliação criteriosa do local, com relatório de estatísticas e cálculos. Esses cálculos devem indicar o quanto de riscos que o local oferece sobre a atmosfera e o que é necessário colocar em proteção. Deve-se calcular também o nível de aterramento e se apresenta segurança para a devida instalação antes do mais nada, pois uma vez tomada esta decisão pelo requerente do sistema, ele deverá seguir o curso do enquadramento da edificação num dos quatros níveis ou tipos de proteção oferecidos pelo SPDA.